sábado, 6 de junho de 2015

Teoria do game: HOME IS WHERE ONE STARTS

Teoria do Game HOME IS WHERE ONE STARTS...

O Jogo Home Is Where One Starts (Lar é onde se começa) esta mais para uma experiência do que para um jogo. - suporte para Oculus Rift -  A trilha sonora do jogo é bela, e combina com a atmosfera pacata e nostálgica que o cenário passa, mas meu foco agora é a história, que se demonstra quase que totalmente subjetiva, e é narrada em lembranças ao decorrer da jogatina.

Recomendo que antes de ler, visite esse link que contém o vídeo de vinte e dois minutos da completa jogatina :



Ou compre:


A referencia inicial do jogo de que ela "invejava os pássaros" significa a liberdade que ela desejava, então concluímos já de inicio que ela esta em algum sentido presa,  também percebemos que ela não era bem tratada em casa pois dormia no chão, e talvez até agredida por seu pai alcoólatra, como é bem comum nesses casos.

Ela era uma garota presa que queria ser livre e buscava isso no espaço, que podemos dizer que também é um sinônimo de liberdade, "Livre do conhecido, Perdido no desconhecido", também não podemos esquecer de seu apego a natureza como refugio de sua conturbada convivência com seu pai.

Jogamos com uma perspectiva de uma criança, pela altura, mas a voz da narradora já é de alguém maior. O jogo trata de memória, e vemos isso claramente na jogatina, pois o jogo é relatado no tempo passado como lembranças, mas porque uma garotinha (tamanho) estaria lembrando de sua infância ? Se ainda ela esta na infância ?

Ao final vimos que dentro do galpão trancado havia uma bicicleta, que supostamente era dela.

Olhe as frases que ela diz quando entra no cemitério:

1 -"Eu acho...Que eu queria sentir alguma coisa."
2 -"Mesmo que fosse medo."
3 -"Eu estava aterrorizada por causa de uma memória vívida"
4 -"Eu me lembrei de ter PERDIDO algo IMPORTANTE"
5 -"E eu percebi que tinha sido perto do cemitério"
6 -"Bem quando entrei nos portões, eu ouvi um fantasma gritando pra mim."
7 -"Eu corri o mais rápido que consegui e nunca olhei para trás"
8 -"Depois de andar um pouco, eu comecei a pensar"
9 -"Comecei a me sentir corajosa"
10 -"Meu pai tinha escondido uma chave em seu quarto"

Observem a seguinte passagem sublinhada no livro encontrado no quarto dela:

"Eis que vou adiante, mas não está ali; E para trás. Mas eu não posso percebê-lo.
Na mão esquerda, onde ele o opera , eu não posso contemplá-lo; ele esconde com a mão direita , que eu não posso vê-lo.
Mas ele sabe o caminho que eu tomo , quando ele tentou me no banho. Sairei como o ouro." 

- Conclusão:

Desde o inicio do jogo vimos a necessidade da garota em se libertar,  ela estava presa, presa pelo seu pai alcoólatra, que pela passagem do livro, parece que ele a abusava, além de talvez bate-lá também, isso podemos deduzir por ela dormir no chão e ter poucos brinquedos, o que submete a ideia dos maus tratos.

Durante a jogatina vemos as lembranças dela, no passado, mas ela é ainda uma criança, e sendo que a história é narrada por uma narradora com vós adulta, por isso acho que ela esta morta,  e tudo o que acontece no jogo, é ela lembrando de seu passado, "A vida passa diante do seus olhos". E o fato que me leva a sustentar que ela esta morta é o dialogo no cemitério (Perdido algo importante : A vida), e pelo fato de ela estar pequena e falar como adulta, "almas não tem idade".

Ela aparentemente foi morta pelo seu próprio pai, (jornal que é encontrado atrás da casa) talvez por estar bêbado tenha tido um excesso de raiva quando ela pediu a chave do galpão em que estava a bicicleta, o que justifica a frase 9, ela correu, e o pai saiu logo atrás perseguindo, e isso explica o fantasma da frase 6, e na entrada do cemitério ela possivelmente caiu e bateu a cabeça e morreu (ou o pai a alcançou, fica a critério do leitor), isso se justifica pelas frases 3 e 4 e 5 que ela "perdeu algo importante", perto do cemitério e do "terror de uma memória vivida"  = morte.


O jogo no inicio tem um limite no final da estrada, e ao final do jogo quando você consegue pegar a bicicleta no galpão é possível ultrapassar esse limite, isso significa a liberdade, quando o espirito da garota toma coragem de ir no quarto de seu pai e pegar a chave, ela esta libertando seu espirito, e isso se consolida quando ela pega a bicicleta e "ultrapassa todos os limites", impostos obviamente pelo seu pai; A parede invisível no final da estrada é uma metáfora para prisão em que ela se encontrava, e quando ela ultrapassa essa barreira ela liberta seu espirito, e aceita que tem que partir.

Autor: Wellington Monteiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário