Teoria do
Game HOME IS WHERE ONE STARTS...
O Jogo Home Is Where One Starts (Lar é onde se começa) esta
mais para uma experiência do que para um jogo. - suporte para Oculus Rift
- A trilha sonora do jogo é bela, e
combina com a atmosfera pacata e nostálgica que o cenário passa, mas meu foco
agora é a história, que se demonstra quase que totalmente subjetiva, e é
narrada em lembranças ao decorrer da jogatina.
Recomendo que antes de ler, visite esse link que contém o
vídeo de vinte e dois minutos da completa jogatina :
Ou compre:
A referencia inicial do jogo de que ela "invejava os
pássaros" significa a liberdade que ela desejava, então concluímos já de
inicio que ela esta em algum sentido presa,
também percebemos que ela não era bem tratada em casa pois dormia no
chão, e talvez até agredida por seu pai alcoólatra, como é bem comum nesses
casos.
Ela era uma garota presa que queria ser livre e buscava isso
no espaço, que podemos dizer que também é um sinônimo de liberdade, "Livre
do conhecido, Perdido no desconhecido", também não podemos esquecer de seu
apego a natureza como refugio de sua conturbada convivência com seu pai.
Jogamos com uma perspectiva de uma criança, pela altura, mas
a voz da narradora já é de alguém maior. O jogo trata de memória, e vemos isso
claramente na jogatina, pois o jogo é relatado no tempo passado como
lembranças, mas porque uma garotinha (tamanho) estaria lembrando de sua
infância ? Se ainda ela esta na infância ?
Ao final vimos que dentro do galpão trancado havia uma
bicicleta, que supostamente era dela.
Olhe as frases que ela diz quando entra no cemitério:
1 -"Eu acho...Que eu queria sentir alguma coisa."
2 -"Mesmo que fosse medo."
3 -"Eu estava aterrorizada por causa de uma memória
vívida"
4 -"Eu me lembrei de ter PERDIDO algo IMPORTANTE"
5 -"E eu percebi que tinha sido perto do
cemitério"
6 -"Bem quando entrei nos portões, eu ouvi um fantasma
gritando pra mim."
7 -"Eu corri o mais rápido que consegui e nunca olhei
para trás"
8 -"Depois de andar um pouco, eu comecei a pensar"
9 -"Comecei a me sentir corajosa"
10 -"Meu pai tinha escondido uma chave em seu
quarto"
Observem a seguinte passagem sublinhada no livro encontrado
no quarto dela:
"Eis que vou adiante, mas não está ali; E para trás.
Mas eu não posso percebê-lo.
Na mão esquerda, onde ele o opera , eu não posso
contemplá-lo; ele esconde com a mão direita , que eu não posso vê-lo.
Mas ele sabe o caminho que eu tomo , quando ele tentou me no
banho. Sairei como o ouro."
- Conclusão:
Desde o inicio do jogo vimos a necessidade da garota em se
libertar, ela estava presa, presa pelo
seu pai alcoólatra, que pela passagem do livro, parece que ele a abusava, além
de talvez bate-lá também, isso podemos deduzir por ela dormir no chão e ter
poucos brinquedos, o que submete a ideia dos maus tratos.
Durante a jogatina vemos as lembranças dela, no passado, mas
ela é ainda uma criança, e sendo que a história é narrada por uma narradora com
vós adulta, por isso acho que ela esta morta,
e tudo o que acontece no jogo, é ela lembrando de seu passado, "A
vida passa diante do seus olhos". E o fato que me leva a sustentar que ela
esta morta é o dialogo no cemitério (Perdido algo importante : A vida), e pelo
fato de ela estar pequena e falar como adulta, "almas não tem idade".
Ela aparentemente foi morta pelo seu próprio pai, (jornal
que é encontrado atrás da casa) talvez por estar bêbado tenha tido um excesso
de raiva quando ela pediu a chave do galpão em que estava a bicicleta, o que
justifica a frase 9, ela correu, e o pai saiu logo atrás perseguindo, e isso
explica o fantasma da frase 6, e na entrada do cemitério ela possivelmente caiu
e bateu a cabeça e morreu (ou o pai a alcançou, fica a critério do leitor),
isso se justifica pelas frases 3 e 4 e 5 que ela "perdeu algo
importante", perto do cemitério e do "terror de uma memória
vivida" = morte.
O jogo no inicio tem um limite no final da estrada, e ao
final do jogo quando você consegue pegar a bicicleta no galpão é possível
ultrapassar esse limite, isso significa a liberdade, quando o espirito da
garota toma coragem de ir no quarto de seu pai e pegar a chave, ela esta
libertando seu espirito, e isso se consolida quando ela pega a bicicleta e
"ultrapassa todos os limites", impostos obviamente pelo seu pai; A
parede invisível no final da estrada é uma metáfora para prisão em que ela se
encontrava, e quando ela ultrapassa essa barreira ela liberta seu espirito, e
aceita que tem que partir.
Autor: Wellington Monteiro
Autor: Wellington Monteiro
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